Aos Poucos a Farsa Vai
Se Esfarelando!
Dilma aumenta a prestação do Minha Casa e nova prestação começa a vigorar sob Temer!
Desmentindo
Depois de se exilar em Paris, Bruno Daniel, um dos irmãos de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André (SP) que foi assassinado brutalmente no dia 18 de janeiro de 2002, está de volta ao Brasil. E deu uma entrevista exclusiva à TV Bandeirantes, que acaba de ser levada ao ar no jornal da Band. “Meu irmão deu a vida pelo PT”, disse Bruno Daniel.
Ele afirmou que o ex-prefeito comandava um esquema de arrecadação de propinas em Santo André, para financiar campanhas do PT – inclusive a disputa de 2002, que levou Luiz Inácio Lula da Silva ao poder. Bruno conta que a revelação foi feita pelo ex-secretário de Santo André e atual secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
“Ele nos contou que levou R$ 1,2 milhão em espécie para o PT no seu corsinha preto”, disse Bruno Daniel. O valor teria sido entregue ao então presidente nacional do partido, José Dirceu.
O assassinato de Celso Daniel completa dez anos nesta quarta-feira. O empresário e ex-assessor da prefeitura de Santo André, Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, deve ser julgado neste ano como mandante do crime.
De acordo com a reportagem exibida pela Band, Celso Daniel comandava o esquema de arrecadação de propinas, mas não concordava com a destinação de recursos para finalidades não partidárias. Por isso, teria sido assassinado, assim como várias pessoas que presenciaram o jantar entre Celso Daniel e Sérgio Gomes da Silva numa churrascaria de São Paulo, antes do sequestro do ex-prefeito.
Bruno Daniel conta que se exilou em Paris por medo de ser assassinado. Mas diz que decidiu voltar para resgatar a verdade e a memória do irmão. “Fatos como esse não podem se repetir”, disse ele.
Em 2002, Celso Daniel coordenava a campanha de Lula à presidência da República. Depois do assassinato, foi substituído por Antonio Palocci. Caso a tragédia não tivesse ocorrido, ele poderia estar hoje sentado na cadeira de presidente da República. Teria sido ministro da Fazenda de Lula e provavelmente seu candidato em 2010.
Do Blog de Lauro Jardim.
Foi uma semana longa para Dilma Rousseff, daquelas que não acabam mais. Começou já no sábado de manhã, quando VEJA chegou às bancas com a entrevista de Oscar Jucá (“”Ali na Conab só tem bandido”").
Três dias depois, o Senado aprovou uma CPI para investigar as encrencas rodoviárias do governo. E manteve-se em ponto de combustão com as incontinências verbais de Nelson Jobim.
Na sexta-feira, a S&P deu um empurrão no pânico econômico global ao cravar que os EUA não são mais um país AAA. Parecia o gran finale.
Mas novas revelações de VEJA, publicadas ontem, levaram o número dois do ministério da Agricultura a pedir demissão. Agora, o imbróglio é no topo de um ministério comandado pelo PMDB – mais do que isso comandado por um dos melhores amigos de Michel Temer, Wagner Rossi.
Tudo isso somado já daria dor de cabeça suficiente para Dilma Rousseff. São encrencas dentro do governo, nas suas relações com o Congresso e na economia. Nos próximos dias, Dilma tentará equilibrar-se nesta corda bamba. Não é tarefa para qualquer um. Cada um desses pepinos tem vida própria e tende a continuar a perturbar o governo.
No Senado, por exemplo, mal conseguiu sepultar a CPI que investigaria as estripulias nos Transportes – a um custo sempre grande, pois é obrigatório render-se aos pedidos não republicanos de alguns senadores – Dilma está diante de um fantasma com o mesmo poder de assustar. Trata-se de uma CPI destinada a investigar o BNDES.
Ou mais precisamente os empréstimos que o BNDES deu nos últimos anos para criar os chamados ‘campeões nacionais’ e as obras das grandes empreiteiras em cerca de 40 países latinoamericano e da África.
Esta CPI já conta com 22 das 27 assinaturas necessárias para sua instalação. Quem conhece a alma do Senado avalia que as assinaturas que faltam devem aparecer nos próximos dias.
A partir daí, se a CPI nasce de fato dependerá da capacidade do governo de ceder. Os heterodoxos senadores só retirarão seus nomes dali se receberem algo em troca. Em resumo, num Senado onde tem, em tese, maioria fiolgada, o governo está tendo que ceder mais do que devia.
E olha que já cedeu na semana passada, quando autorizou o pagamento de 150 milhões de reais em emendas parlamentares de deputados e senadores. Cedeu também, desta vez sem alarde, nos Transportes: uma comissão de altíssimo nível, composta dos senadores Magno Malta, Clésio Andrade e Blairo Maggi está acertando nomeações para o , veja só, ministério dos Transportes.
O mesmo que acabou de passar por meia faxina. Dilma corre o risco de em breve precisar mandar comprar mais desinfetante.