domingo, 23 de agosto de 2009


O desafio de Mercadante
De Gerson Camarotti e Adriana Vasconcelos:

O recuo de última hora para permanecer no cargo e a posição errática do líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), durante a crise do Senado só ampliaram suas dificuldades para conduzir o partido daqui para a frente. Os problemas não são pequenos: racha na bancada, estremecimento do diálogo com o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), forte rejeição do PMDB, além das divergências com o Planalto e com o PT.
Os aliados questionam sua capacidade para retomar a autoridade de líder. Mercadante, em seu discurso, reiterou suas diferenças com a direção do PT e com o governo. E admitiu que cometeu erros que poderão inviabilizar sua interlocução com Sarney e com líder do PMDB, Renan Calheiros (AL).
- Eu perdi uma certa condição de interlocução política nesta Casa, por exemplo com o presidente Sarney. É evidente! É muito mais difícil ser líder nessas condições, depois de uma crise como essa - discursou.
Os poucos senadores que o ouviram no plenário consideraram um erro a permanência no cargo. Para Cristovam Buarque (PDT-DF), a sensação que ficou do discurso de Mercadante é de houve um "chamado de Deus", no caso, o presidente Lula.

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